quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O movimento republicano e o fim da monarquia no Brasil

As contradições do Império tornaram-se evidentes diante dos conflitos políticos desencadeados por interesses diversos dos vários setores da sociedade. A monarquia era sustentada pelos fazendeiros ligados ao escravismo e sofria criticas externas e internas. Do ponto de vista externo a permanência de uma economia agrária, escravista e dependente do mercado externo era vista como atraso diante do crescimento do capitalismo industrial. Internamente, o centralismo do poder incomodava os modernos cafeicultores do oeste paulista que não possuíam representação nas decisões políticas,enquanto os setores urbanos sustentavam o movimento abolicionista desejando que a monarquia fosse substituída pela república.

A ascensão dos cafeicultores do oeste paulista e a crise do escravismo trouxeram  para o meio  político a aspiração por uma república federalista. A partir de 1870, com a publicação do manifesto republicano e o perfil desajustado entre o poder político e o poder econômico do império, os setores da oposição se organizaram em torno dos ideais republicanos. Concentrados no sul e sudeste do país,os republicanos fundaram partidos políticos, clubes republicanos e jornais de apoio ao movimento.

Os partidários da república concordavam entre si em um único ponto: eram contrários à monarquia. Quanto ao método para atingir o objetivo, estavam divididos no que se referia à participação ou não da população. Os que defendiam a participação popular eram revolucionários do meio urbano, já os que eram contrários desejavam uma mudança pacifica, que não trouxesse para o grupo perdas econômicas, eram os evolucionistas.

As tentativas de união dos republicanos chegou ao fim em 1888, quando no Congresso Nacional do Partido Republicano, elegeu-se o moderado Quintino Bocaiuva como chefe nacional do partido. Contrários, a oposição radical urbana lançou um manifesto contra os evolucionistas,mas os ideais moderador prevaleceram...

A oposição estava dividida,mas faziam aferrado combate ao conservadorismo político e à manutenção da escravidão. A monarquia se isolou e aos poucos foi caindo, tendo como marco de referência os acontecimentos do dia 15 de novembro de 1889.

A Igreja Católica e o Exército eram importantes sustentáculos da governo de D Pedro II. O catolicismo era a religião oficial do Brasil e, a Igreja era submissa ao governo imperial que, interferia nas questões religiosas escolhendo os clérigos que iriam ocupar cargos importantes no clero, periciando bulas papais a serem aplicadas no país,  julgando e condenando padres e bispos. Atitude que afastaram a Igreja do império.

Depois da Guerra do Paraguai o Exército manteve uma política de valorização da instituição,criticando a posição secundaria que o governo conferia aos militares. Um pequeno grupo começou a defender ideias republicanas e modernizadoras, demonstrando descontentamento para com a monarquia.

A proclamação da república deu-se pela conjugação das camadas urbanas com os fazendeiros do oeste paulista e o Exército. O ministério presidido pelo Visconde de Ouro Preto tentou efetivar reformas para neutralizar as criticas ao império e atender aspirações dos republicanos, mas as reformas chegaram tarde demais e não foram aceitas pela Câmara, então composta,  por políticos conservadores.

Diante da resistência a Câmara foi dissolvida, criando uma clima de agitação. O Partido Republicano Paulista e o Partido Republicano do Rio de Janeiro, insistiram com os militares para que assumissem a liderança do movimento republicano. Em 15 de novembro de 1889 a monarquia foi derrubada por um golpe militar liderado pelo Marechal Deodoro  da Fonseca e proclamou-se a república,

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